Veja o que você precisa considerar antes de comprar as tintas para pintar a casa durante a reforma
A cor e a categoria à qual pertence a tinta influenciam diretamente o seu rendimento
Texto: Taissa Esteves | Foto: SXC
Para evitar desperdícios de dinheiro e material, é importante avaliar bem a quantidade dos produtos que você precisa durante a reforma. No caso das tintas, o rendimento dependerá, principalmente, de dois fatores: a cor escolhida e a categoria à qual pertence a tinta (Premium, Standard ou Econômica).
“Em relação às cores, as mais claras (branco, gelo e marfim) e as tonalidades ‘sujas’ – como ocre, concreto e camurça –, cobrem mais do que cores intensas, como amarelo, laranja e vermelho”, explica Kleber Jorge Tammerik, técnico de laboratório da Suvinil. Quanto à distinção entre as categorias de tinta, o rendimento mínimo (área pintada por litro do produto) varia de acordo com a qualidade, da seguinte forma:
- tintas Econômicas – 4 m²/litro;
- tintas Standard – 5 m²/litro;
- tintas Premium – 6 m ²/litro.
Vale lembrar que, de acordo com as Normas Técnicas Brasileiras, as tintas Econômicas não são indicadas para fachadas, devem ser usadas apenas em ambientes internos. E Tammerik ressalta que é importante considerar todas as características do produto na hora da compra: “A economia feita na aquisição de uma tinta de categoria inferior pode se perder caso o produto escolhido não possua a resistência desejada. Além de um rendimento elevado, as tintas Premium possuem uma composição química que amplia a durabilidade da pintura”.
Quantidade de demãos necessárias – Em geral, são recomendadas duas ou três demãos para obter a cobertura de uma parede com uma tinta de qualidade. Mas isso também dependerá da tonalidade atual da superfície que você deseja pintar. Uma parede com uma cor mais forte ou escura coberta por uma coloração clara demandará mais demãos. Não se esqueça de que cores puras, como laranja, vermelho e amarelo, podem necessitar de aplicação prévia de um fundo que auxilie na cobertura da parede. Leia atentamente o rótulo, que deve sempre contar com informações sobre a aplicação do produto.
Antes de adquirir os galões de tinta, verifique a área da parede que será pintada:
QUANTIDADE NECESSÁRIA DE DEMÃOS X LARGURA DA PAREDE X ALTURA DA PAREDE (DESCONTE A ÁREA DE PORTAS E JANELAS) = ÁREA A SER PINTADA
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E para calcular a quantidade de latas de tinta:
ÁREA PINTADA / RENDIMENTO DA TINTA = QUANTIDADE DE LITROS
(depois, basta dividir este resultado pelo número de litros indicados na embalagem que você deseja comprar).
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É importante considerar que ocorrem imprevistos durante o processo de pintura. Portanto, acrescente cerca de 10% de sobra na quantidade total de tinta. “Para ter um parâmetro, meia lata de 18 litros de tinta pode pintar até 70 m2 de paredes – o que equivale às paredes e o teto de uma sala de 4 m x 5 m”, pontua o técnico da Suvinil. Caso a superfície que será pintada apresente muitos detalhes ou relevo, considere entre 20% e 30% a mais de tinta. E se o produto for aplicado com pulverizador, esse excedente precisará ser ainda maior, pois o equipamento pode utilizar até duas vezes mais tinta que pincéis e rolos.
Na hora da pintura – É necessário homogeneizar a tinta antes de diluí-la. Para isso, mexa o produto usando uma tira de madeira, por exemplo, capaz de alcançar o fundo da lata. Depois, faça a diluição com o líquido indicado na embalagem (água ou solvente), nas proporções recomendadas.
“A sobra de tinta que foi diluída jamais deve retornar para a lata, pois antecipará o vencimento do restante do produto”, ressalta Tammerik. Ele ainda acrescenta: “Ao final da reforma, caso tenha uma sobra de mais da metade do volume de tinta ainda na lata, guarde-a bem fechada, em local seco, fresco e longe de crianças e animais. Dessa maneira, o produto manterá a mesma data de validade descrita no rótulo”. Se o volume for menor do que a metade, o ideal é usar o restante de tinta em até três meses após a abertura da embalagem, pois a camada de ar dentro da lata pode provocar a secagem da tinta.
Fonte: Webimoveis